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Francielly Machado: desafios da ginasta contemplada pela Lei Horácio Carlos Rosa

Francielly Machado Pereira nasceu no bairro Santo André, em Cariacica. Ela conheceu a ginástica rítmica por meio de uma amiga de escola chamada Suellen. Suellen mostrou o básico do esporte, ou seja, a ponte, o espacato e a reversão para frente. Francielly a olhava e tentava imitá-la em casa. Assim, por tentativas, começou a realizar movimentos mais difíceis. Ao assistir as Olimpíadas de 2004, que aconteceram em Atenas, ela ficou muito fascinada e tomou ciência do que era realmente o esporte. No entanto, um fato curioso marcaria essa fase. Em suas práticas domiciliares, Francielly acabou quebrando dois ventiladores e uma televisão. Moral da história: percebeu que a única saída para não ter mais prejuízos era praticar a ginástica rítmica na rua. Ela só não contava que seria na rua que Silvia, empregada de Tayanne Montovanelli, integrante da Seleção Brasileira, assistiria de camarote toda a sua habilidade e desenvoltura. Silvia comentou com Tayanne sobre o que viu e, ao encontrar Francielly novamente, pediu que ela fosse na Universidade Vila Velha (UVV-ES) participar de um teste com Mônica Queiroz, técnica da Seleção Brasileira em 2004. A atleta fez o teste e passou. Em 2005, disputou sua primeira competição, o Campeonato Estadual, e ficou em terceiro lugar. Já em 2006, alcançou a primeira posição. Nesse mesmo ano, foi representar o Clube dos Oficiais e lá começou a competir no Torneio Nacional. Participou de três torneios: um em Brasília, no qual só adquiriu experiência; outro em São Paulo, no qual ficou em terceiro lugar e o último em Pernambuco, onde conquistou medalhas de ouro em todos os aparelhos. Em 2007, passou a disputar o Campeonato Brasileiro de Conjunto e foi campeã com a Seleção Capixaba. De 2009 a 2012, o conjunto do Espírito Santo sempre chegou ao pódio. No ano de 2013, houve uma seletiva com quatro dias de avaliação, referente ao Campeonato de Conjunto de 2012. Onze ginastas foram convocadas para a Seleção Brasileira e, dentre elas, Francielly. A partir daí, uma nova vida começou para a atleta. Com 17 anos, ela foi morar em Aracaju (SE) junto com a delegação do Brasil. Ao chegar lá, sem sua família e amigos por perto, sentiu-se muito perdida e passou por um tempo de adaptação de dois meses. Sua primeira competição pela Seleção Brasileira foi a Copa do Mundo de 2013, na qual conseguiu uma medalha de bronze inédita para o País. Em 2014, a Seleção classificou-se para o Panamericano e faturou a medalha de ouro. Quem informou a ginasta sobre a Lei Horácio Carlos Rosa foi sua mãe, Elizabeth Machado. Imediatamente, Francielly correu atrás e obteve o benefício. “Passei por muitos desafios na minha vida. Quando comecei a viajar para competições, não tinha condições financeiras nenhuma de pagar minhas passagens e alimentação. Desse modo, precisei fazer rifas, apresentações em escolas, pedir ajuda a amigos e família para bancar minhas despesas no esporte. Por isso, acho a Lei Horácio Carlos Rosa importantíssima. Ela é muito necessária aos atletas, porque os gastos não são poucos e sem o incentivo teríamos que pedir auxílio à várias pessoas. Estou pré-convocada para as Olimpíadas 2016 e a Lei Horácio Carlos Rosa irá colaborar para cobrir meus custos”, afirmou a atleta de ginástica rítmica, Francielly Machado Pereira.